segunda-feira, 23 de abril de 2007

Palavras-Chave: Corpo, Vícios Privados, Texturas, Drogas e Perguntas.

Experimentando texturas tomo consciência da fragilidade do corpo. Quando digo ‘corpo’ estou me referindo a uma das mais complexas categorias do entendimento humano, podendo ser compreendia em sua plenitude a partir da própria noção de ‘corpo’ de cada organização social, independente da extensão territorial que estes ocupam. Mas não quero falar sobre coisas de ciência (em outra oportunidade escreverei mais sistematicamente sobre a questão, quase, levantada). As texturas a que me refiro são alguns dos nossos ‘vícios privados’ de todo dia. Seria possível conceber uma vida sem esses ‘pequenos vícios’? Não sei se alguns intelectuais viveriam bem sem o café e o cigarro, por certo, suas produções não teriam o mesmo vigor. Fumar um cigarro e beber um café são atos de prazer. São drogas? Sim. Mas seria ingenuidade dizer que elas não causam prazer, assim como a maconha, a cocaína ou qualquer outra droga que sua visão de mundo lhe permita conceber. Essas ‘drogas leves’, dos intelectuais que falei acima, produzem um efeito sobre o corpo, efeito tão nocivo quando o de qualquer outra substância. Os corpos e seus donos são imperfeitos. Muitas vezes precisam ir ao posto de gasolina, às 00:00h de uma noite de domingo, para sentirem o prazer do alcatrão, da nicotina e de toda aura cognitiva que circunscreve o ato de fumar um cigarro, e ter a quase certeza de uma noite mais tranqüila. Quando eu converso sozinho pergunto para mim se estou cuidando do meu corpo? A resposta é sempre não. Mas eu continuo fazendo a pergunta. Perguntar é sempre uma coisa importante. Foi levantando uma série de questões, muito mais do que as respondendo, que a humanidade chegou a sua configuração atual. Por isso não me canso de pensar nos tais ‘vícios privados’ e continuar me perguntado sobre ‘os usos dos corpos’. Mas, pra pensar melhor, vou ali, buscar um café...